segunda-feira, junho 26, 2006


A tartaruga que andou tanto tempo e tanto vio com seus antigos olhos, a tartaruga que comeu azeitonas do mais profundo mar, a tartaruga que nadou sete séculos e conheceu sete mil primaveras, a tartaruga blindada contra o calor e o frio, contra os raios e as ondas, a tartaruga amarela e castanha com severos lunares ambarinos e pés de rapina, a tartaruga ficou aqui dormindo e não sabe... De tão velha se foi pondo dura, deixou de amar as ondas e foi rígida como o ferro de passar... Fechou os olhos que tanto mar, céu, tempo e terra desafiaram, e dormiu entre as outras pedras...

Sem comentários: